A BOCA ME TORNA A MAIS TRISTE “A boca me torna a mais triste ao lado dos olhos mortos. Há uma linha escura entre os lábios, no contorno de várias ondas de brisa numa tempestade turbulenta — ela diz não me beije, não me engane. (...) sou uma dançarina que não sabe dançar.” Os versos acima são de Marylin Monroe. Surpreso, leitor? Provavelmente sim, já que, dessa atriz morta há mais de meio século, todos se recordam apenas como atriz sex symbol . Que, no entanto, se chamava Norma Jean e não Marilyn Monroe, que era morena e não loura, e que estava mais para triste e solitária do que para a doidivanas de esfuziante felicidade que aparece em tantas imagens. O fato é que o aparente paradoxo apelativo de alguém famoso e sedutor, com um final trágico, povoou as páginas de livros e filmes sobre a trajetória de uma mulher que não era infinitamente bela como a comoção a tornou, e que teria preferido, na sua intimidade, ter sido uma mulher comum com alguém que a compreendesse ...
Postagens
Mostrando postagens de outubro, 2025
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
DO PAU DE ARARA AO CARRO DE BOI a educação em marcha lenta No dia 17/06/2025, a TV Mirante e o portal G1-MA noticiaram que os estudantes da Escola Municipal Ricardo Ribeiro da Silva, localizada na praia de Guarapiranga, na comunidade de Nova Jerusalém, no município de São José de Ribamar, estavam sendo transportados em uma caminhonete no estilo “pau de arara”, em uma via que deveria ter sido asfaltada. Na ocasião, os moradores protestaram e denunciaram que os alunos enfrentavam diariamente uma jornada marcada por riscos, improvisos e falta de infraestrutura adequada. A reportagem constatou que o transporte precário substituiu o serviço de ônibus escolar oficial, que deixou de atender à comunidade devido às dificuldades na estrada de acesso, onde vivem aproximadamente 400 famílias. Desde há menos de uma semana, crianças e adolescentes entre 6 e 14 anos têm sido levados à escola em um veículo sem condições de segurança, transportados em cima de uma ...
- Gerar link
- X
- Outros aplicativos
JOSUÉ NA FEIRA Visitando a Feira de Livros, como tenho feito quase cotidianamente, encontrei, ontem, os escritores amigos José Neres, Dino Cavalcante, Félix Alberto Lima e Marcos Saldanha que, junto a Joseane Souza — diretora da Casa de Cultura Josué Montello que tem desempenhado um trabalho digno e consistente de preservação e divulgação da memória do grande escritor maranhense — conversavam sobre Literatura e, claro, sobre o papel de Josué e sua permanência através de suas obras no imaginário dos estudantes, que procuram suas obras incessantemente. Mais tarde, em meu lar e sem sono, peguei, quase que inconscientemente, talvez movido pelos eflúvios do ambiente do stand da Casa o livro Diário do Entardecer do escritor, cuja leitura havia interrompido e voltei a me deliciar com a leitura desse esse livro. Refleti que esse gigantesco painel da literatura brasileira em tempos não tão remotos é uma obra de alta densidade intelectual sobre a Literatura (e sobre a Cultura em ge...