Conversas vadias
MOTIVOS DA POESIA DE JAMERSON LEMOS* “Da alta e profunda-idade, ao irmão e amigo Fernando Braga”: “Olha: passamos a ponte. / Apontes outro caminho / Atravessaremos o incêndio, / outra paisagem rumo. / As pás e paz: / cavemos caverna / alma inverna. / Passamos do instante. / Olha: como sopramos azuis, pardos, vermelhos? / estamos sós, somente / apenas mente nos molhamos. / Ainda o centro, a mesa gira, / a ponte partiu para o fim, / por que rimos?” De vendedor de apólices de seguros pelas ruas de São Luís, Jamersom Lemos se integrou facilmente às letras da Cidade, fazendo parte em reuniões de um dos grupos mais atuantes lá vividos, “O Bar Atenas”. [...] Foi no bar do Hotel Central, numa manhã ensolarada que aconteceu o fato, e que presenciei, mas que aqui o transcrevo, retirado da verve extraordinária do jornalista Sérgio Brito, contada em seu livro ‘O Brasil sem retoque e outros escritos salvos da autocensura’: “Quando de passagem por São Luís, não posso precisar