CAXIAS
A Princesa do Sertão maranhense e suas potencialidades
Caxias do Maranhão é
uma cidade que, ainda hoje, serve de referência para o país quando o assunto é
a Literatura, é o berço de uma considerável plêiade de escritores e poetas de
grande expressão e produção literária no cenário nacional, a exemplo de Gonçalves
Dias, Coelho Neto, Teófilo Dias, Vespasiano Ramos, Raimundo Teixeira Mendes,
César Marques e muitos outros de uma constelação que brilha desde meados do
século XIX. Dois dos quais - Gonçalves Dias e Teófilo Dias - são patronos de
cadeiras na Casa de Machado de Assis, a Academia Brasileira de Letras. Mas,
Caxias insiste em dar à luz a novos escritores e poetas e pode ser chamada, sem
exageros, de “cidade maranhense dos escritores e poetas”, dentre os quais:
Salgado Maranhão, Jacques Medeiros, Edison Vidigal, Firmino Freitas, Libânio da
Costa Lobo, Gentil Meneses, Luis Carlos Santos Sales, Maria Gema de Carvalho,
Adailton Medeiros, Déo Silva, Cid Teixeira de Abreu, José de Ribamar Cardoso,
Antônio Augusto Ribeiro, Anecy Calland Serra, Maria das Graças Costa e Costa,
José de Ribamar Corrêa, Glória Corrêa, Antônio Pedro Carneiro, Edmilson
Sanches, Raimundo Borges, Arthur Almada Lima Filho, João Machado, José Ribamar
R. Brandão, Joseane Maia, Iris Nendes, Frederico Ribeiro Brandão, Wybson
Carvalho, Raimundo Nonato Medeiros, José Ribeiro Brandão, Naldson Carvalho,
Inês Maciel, Elany Moraes, Renato Meneses, Jotônio Viana, Morano Portela, Jorge
Bastianni, Silvana Meneses, Quincas Villaneto, Isaac Sousa, Ezíquio Barros
Neto, Raimundo Palhano, Ruy Palhano,
Alzenira Pinho, Raquel Pinho, Deusimar Serra, Ana Rosária, Alberto Pessoa,
Carvalho Jr. e outros tantos...
Dois desses
escritores com uma produção literária reconhecida, nacionalmente, Gonçalves
Dias e Raimundo Teixeira Mendes, através de suas produções literárias, nos
eternizaram em dois dos principais símbolos nacionais: a Bandeira Nacional
Brasileira e o Hino Nacional Brasileiro.
Na nossa Bandeira há
a insígnia "Ordem e Progresso" extraída do lema positivista religioso
brasileiro, ou seja: proclamada a república em 1989, o filósofo e escritor
caxiense, Raimundo Teixeira Mendes, além de idealizar a nossa flâmula oficial
escreveu a ela um lema: - "o povo brasileiro, assim como a maioria dos
povos ocidentais, se acha, vivamente, solicitado por duas necessidades, ambas
imperiosas, e que se resumem em duas palavras: "Ordem e Progresso".
E no nosso hino
nacional há em uma das suas estrofes dois versos extraídos da "Canção do
Exílio"; escrita pelo poeta Gonçalves Dias... - "nossos bosques têm
mais vida e em nossa vida " em teu seio" mais amores". Tais
características cívicas são uma unicidade da produção literária caxiense que
nos dá orgulho para nossa nação e para o canário mundial intelectual.
Portanto, podemos
afirmar que a literatura é uma poderosa ferramenta de transformação. Quando
carrega referências capazes de criar uma identificação com o leitor, esse poder
se torna ainda mais expressivo. A literatura é capaz de criar, com maestria, um
intenso entendimento empático, responsável por uma formação mais consciente que
nos remete a um pertencimento do contexto produtivo quando usufruímos dela,
através da leitura.
A produção
literária, através de todos os gêneros da literatura: romance, poesia, prosa, crônica,
conto, novela e outros... é essencial para a construção de uma nova, e, no
entanto, permanente sociedade caxiense local instruída e produtiva porque a
literatura se confunde com a própria humanidade. Na literatura são reveladas as
dores, as angústias, as alegrias, as tristezas do ser humano. Então, sem
literatura não se pode ter humanismo e sem humanismo não há uma sociedade local
justa, correta, e principalmente, avançada. Então, o que a gente quer é
difundir o autor local e colocar esses livros na escola pública como base
curricular. Mas para isso, precisamos do apoio do poder público, das
prefeituras e do estado. Nossa história, cultura e tradições têm que ser
contadas por um de nós.
Como é possível
realizar uma mediação adequada para formação de novos leitores?
Para isso,
precisamos de apoio maior do poder público municipal, estadual e federal. Mesmo
assim, a Academia tem feito sua parte, não só para o público infantil, como
também para o público adulto. Em época de fácil acesso à internet, é preciso
apresentar a leitura como algo prazeroso. O escritor argentino Jorge Luis
Borges dizia que devemos sentir prazer na companhia do livro. Para isso, pode
ser o tipo de escrita que cause identificação, pode ser romance, biografia,
literatura de ficção.
O importante é que
se incentive o hábito de leitura em qualquer idade, em qualquer época e em
qualquer local. A produção literária não deve ficar presa aos espaços
acadêmicos, a uma elite cultural. Temos que ir à praça, como dizia Castro
Alves... "a praça è do povo", portanto, temos que plantar a poesia na
praça, o romance no parque, nas ruas, nas avenidas, nas escolas públicas e
privadas. Porque é como ressaltou Monteiro Lobato: “um país se faz com homens e
livros”.
Caxias - Maranhão
tem uma história rica e antiga. O local onde se acha situada a cidade de Caxias
foi, primitivamente, um agregado de grandes aldeias dos índios Timbiras e
Gamelas, que conviviam pacificamente com os franceses. Mas, com a expulsão dos
franceses, os portugueses subjugaram tais aldeias e venderam os índios como
escravos. A cidade de Caxias foi palco da última batalha do movimento revoltoso
conhecido como Balaiada, e o Barão de Caxias, patrono do Exército Brasileiro,
desempenhou um papel importante na sua derrota.
O nome de Caxias não
se atribui a Luís Alves de Lima e Silva, patrono do Exército Brasileiro. Ele,
sim, recebeu o título Barão de Caxias, por ter sufocado a maior revolta social
existente no Estado do Maranhão: a Balaiada. Foi na Igreja de São Benedito que,
em 1858, o antístite da Igreja Maranhense, Dom Manoel Joaquim da Silveira,
denominou Caxias com o título: “A princesa do sertão maranhense”.
Várias denominações
foram impostas ao lugar, dentre as quais: Guanaré (denominação indígena), São
José das Aldeias Altas, Freguesia das Aldeias Altas, Arraial das Aldeias Altas,
Vila de Caxias e, finalmente, em 1836, Caxias. Geralmente os portugueses davam
às vilas um honônimo do Reino. Inicialmente, a grafia “Cachias” viera de
Portugal, que se refere a uma flor que dava em cachos das palmeiras numa Quinta
Real que existia nos arredores de Lisboa, perto de Oeiras, que pertencia ao
Márquez de Pombal, que era também sua residência real.
A cidade de Caxias é
um importante centro comercial e tem uma localização extremamente estratégica,
uma vez que é um importante entroncamento rodoviário que liga as regiões norte,
nordeste e centro-oeste do país. Além disso, a cidade ainda conta com um importante
complexo portuário e uma grande quantidade de empresas que se dedicam à
produção de bens de consumo, produtos agrícolas, móveis e cerâmica.
Caxias é uma cidade
cosmopolita, e seus habitantes são acolhedores e extremamente hospitaleiros.
Ela é uma cidade em que se pode encontrar uma ampla gama de opções de lazer e
entretenimento, desde parques públicos até atrações turísticas, monumentos históricos
e prédios centenários. Ela também é uma cidade com muitas opções de culinária
local, onde se pode comer desde pratos típicos da culinária local, maranhense e
até os mais sofisticados pratos da gastronomia regional.
O turismo é uma das
principais atividades econômicas em Caxias. A cidade possui uma excelente
infraestrutura hoteleira, com hotéis de alta qualidade.
Caxias é uma cidade
que atrai visitantes de todo o mundo, sendo um destino popular entre aqueles
que buscam uma mistura do pitoresco com o moderno. Ela é uma cidade que combina
a sua rica história e cultura com as mais modernas tecnologias e práticas empresariais,
fazendo dela um lugar verdadeiramente singular. Venha conhecer a cidade de
Caxias e descobrir tudo o que ela tem a oferecer!
Wybson Carvalho é poeta e membro
da Academia Caxiense de Letras
Comentários
Postar um comentário