MODIGLIANI E A PAIXÃO Tenho a presunção vaidosa de propagar que o pintor Modigliani foi introduzido na fala de dois personagens, de contos, de minha autoria em momentos distintos (inconscientemente, ou seja, de forma não deliberada pelo autor). Também está presente na capa do livro O pequeno dicionário de paixões cruzadas, que considero muito bem realizada, de autoria de Natanael Castro. Sem respaldo técnico para dizer isso, ou seja, falando apenas como apreciador, vim a admirar o Impressionismo como a escola da arte da Pintura cujos representantes atingiram a quintessência e, entre eles, para o meu gosto pessoal, Amadeo Modigliani. Lá estão, nos retratos do pintor italiano, a extraordinária melancolia (favor não confundir com tristeza) em posturas onduladas, extraídas da arte japonesa, cujo clímax é realçado pelos olhos vazados de seus modelos nos quais é possível intuir todo o mistério da alma humana, tão difícil de ser descrita por qualquer formato de arte. Assi...