A
FOME TEM ROSTO DE CRIANÇA
insegurança alimentar no maranhão
No
Maranhão, 189 mil pessoas vivem em situação de insegurança alimentar grave,
principalmente entre crianças de 0 a 4 anos. O estado apresenta 35,2% dos
domicílios em insegurança alimentar.
Os
percentuais mais altos de domicílios nessa condição foram registrados no Pará
(44,6%), Roraima (43,6%), Amazonas (38,9%), Bahia (37,8%), Pernambuco (35,3%), Maranhão
(35,2%), Alagoas (35%) e Sergipe (35%).
Já os
estados com nível grave de insegurança alimentar mais elevado foram o Amapá
(9,3%), o Amazonas (7,2%) e o Pará (7,0%) (Fonte: IBGE,
publicado em 10/10/2025).
De
acordo com levantamento da PNAD Contínua, realizado em parceria com o Ministério
do Desenvolvimento e Assistência Social, 35,2% dos lares maranhenses enfrentam
algum grau de dificuldade para garantir uma alimentação adequada. Esse
percentual coloca o Maranhão entre os sete estados com os maiores índices
negativos do país.
Fonte: Blog Marrapá, publicado em 11 de outubro de 2025.
Em
relação ao município de São Luís, a Sociedade de Puericultura e Pediatria do
Maranhão (SPPMA) criticou a gestão do prefeito Eduardo Braide após a demissão
em massa de médicos.
A
entidade divulgou uma nota, em 13/10/2025, manifestando solidariedade aos 53
pediatras demitidos pela Prefeitura de São Luís. Os profissionais foram
desligados após substituição por uma empresa terceirizada, contratada por meio
de licitação.
Na
avaliação da SPPMA, a troca repentina de equipes médicas pode comprometer a
continuidade e a qualidade do atendimento pediátrico na rede municipal, além de
romper o vínculo de confiança estabelecido entre médicos, pacientes e famílias
ao longo dos anos.
A
entidade destacou a importância técnica, ética e humana dos profissionais
desligados e alertou que a demissão coletiva fragiliza a estabilidade dos
serviços, gerando insegurança entre os pediatras que continuam atuando.
Segundo
a nota, o cuidado pediátrico exige acompanhamento contínuo e vínculo
comunitário, considerados pilares essenciais para o tratamento e a prevenção de
doenças na infância (Fonte: Blog da jornalista Rejanny Braga, publicado em
14/10/2025).
Com a
demissão dos pediatras, não restam dúvidas de que a segurança alimentar das
crianças de São Luís ficará ainda mais comprometida, o que tende a elevar os
índices de vulnerabilidade nesse aspecto. Não foi divulgado o número de
crianças que estavam sendo acompanhadas pelos médicos demitidos. Essa situação não
surpreende, pois o estado do Maranhão frequentemente ocupa as piores posições
nos indicadores de desenvolvimento social do país.
Uma
possível solução para combater a insegurança alimentar no estado foi
apresentada em 16/10/2025, data em que se comemora o Dia Mundial da Alimentação,
pela empreendedora Nelinha do Babaçu, que será tema do samba-enredo da Favela
do Samba em 2026.
A parceria
entre a Embrapa e a Reflyta avança no desenvolvimento de um sachê de babaçu
destinado ao combate da desnutrição infantil.
O
produto foi criado para substituir uma refeição, sendo um alimento completo,
com todas as vitaminas necessárias para enfrentar a desnutrição em crianças.
O Projeto Reflyta transformou o babaçu em produtos sustentáveis e eficazes no
combate à fome.
Gilmar Pereira Santos é advogado e escritor de livros infantis


O texto evidencia, com dados contundentes, a face mais cruel da fome no Maranhão, que é a infância afetada pela negligência pública. Ao relacionar a insegurança alimentar à fragilização da saúde pediátrica, Gilmar Pereira Santos denuncia uma cadeia de vulnerabilidades que não pode ser ignorada. Urge transformar essa realidade com políticas estruturais e compromisso humano.
ResponderExcluirEsse problema é muito complexo e infelizmente sem solução aqui no Maranhão porque é cultural e os políticos não tem interesse em mudar esse caos.
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