A CRÍTICA E SEU(S) DESERTO(S) Num país, melhor ainda, num momento em que as condições materiais, imateriais e relacionais permitiram a explosão das publicações, talvez como nunca, sejam elas em forma de impressos ou de objetos virtuais, vem à tona, hora ou outra, um anseio pelo crítico, o crítico literário, o crítico de poesia. Alguém talvez que, com seriedade e “isenção”, pudesse nortear uma qualidade em meio à enxurrada tanto de excelências quanto de 'quaisquercoisas' e despropósitos, com a qual constantemente nos deparamos. Mas, por inúmeros motivos, essa é uma fala ou um anseio no mínimo anacrônico. É o anseio idealista por uma impossibilidade. Não que não existam vozes capazes, cuja competência torne confiáveis seus trabalhos, artigos, revistas, blogs. Mas porque a crítica, também posta em crise, vem de um cansaço e destroçamento de no mínimo de dois séculos, quando seus diversos olhares se exauriram ou vieram sendo desmontados. Os principais paradigmas dessa e
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