JULIANA MARINS
o grito que o mundo não
ouviu
A morte da publicitária brasileira Juliana Marins, de apenas 26
anos, gerou comoção mundial. Ela caiu enquanto percorria uma trilha no Monte
Rinjani, na Indonésia, e não resistiu à demora no resgate. Uma tragédia que
poderia ter sido evitada.
Um grito de socorro ecoou no interior do vulcão. Juliana ainda
estava viva. Mas o mundo - moderno, tecnológico, supostamente preparado - fez-se
de surdo. O pedido desesperado daquela jovem não foi ouvido. E, pior, não foi
atendido.
Durante cinco dias, Juliana agonizou dentro de uma gruta. Presa,
ferida, abandonada. O planeta, com seus satélites, drones e helicópteros,
assistiu inerte, sem conseguir (ou querer?) agir a tempo. Faltaram
equipamentos. Faltou vontade. Faltou humanidade.
Com tanto avanço nas mãos, com tantos recursos à disposição, o
mundo fracassou diante da vida de uma jovem mulher que só queria explorar a
natureza. O espírito aventureiro de Juliana não teve limites — e foi tragado
pela ira traiçoeira de um vulcão. Uma tragédia anunciada.
A imagem de Juliana convalescendo no coração da montanha é
estarrecedora. É símbolo de um fracasso coletivo. É o retrato de um mundo que
se move rápido, mas falha quando mais importa: na proteção da vida.
O espírito de Juliana, agora livre, subiu aos céus. Foi se juntar
aos anjos, onde a esperam para que continue suas aventuras — em segurança, sob
a guarda dos deuses do Olimpo. Sua missão na Terra se encerrou de forma
abrupta, injusta, mas sua presença continuará ecoando em cada alma que ainda
acredita em justiça.
Uma nova estrela cadente riscou o céu. É Juliana Marins, que
brilhará eternamente como lembrança de uma juventude interrompida e de um grito
que o mundo ousou não escutar.
Seu espírito seguirá vivo, rebelde e luminoso, nas memórias de quem ainda se indigna. E continuará buscando novas conquistas, onde não exista mais o descaso da humanidade.
Gilmar Pereira Santos é escritor de livros infantis
Prezado Gilmar, compreendendo sua revolta diante da situação apresentada. Realmente muito triste. Os pais se esforçaram até o último minuto. E, como vc destacou, encontraram barreiras tão grandes quanto as paredes rochosas que cercava Juliana. Sim, houve negligência e despreparo de quem se esperava socorro mais pontual. Que isso não nos faça desacreditar dos socorristas que lutam noite e dia, aqui e fora daqui. São milhares e — entre eles — voluntários que arriscam a propria vida para salvar outrs vidas. Um recente exemplo dessa bravura foi um bombeiro socorrer uma senhora das ondas agitadas area de pedras numa área de pedras enormes numa praia de Niterói. Agradeço e aplaudo essa vidas que salvam vidas.
ResponderExcluirVerdade, amigo!
ExcluirSem dúvida Gilmar o seu texto reflete a revolta que a parte da Humanidade que tem Deus no coração sente com tamanho descaso com Juliana Marins, apesar do grande aparato tecnológico disponível hoje no Mundo. Foste feliz ao publicar seu desabafo
ResponderExcluirVocê sensibiliza ainda mais com este texto bem redigido uma grande tragédia humana.
ResponderExcluirTexto trás tudo, quais valores tem prioridade notamos que vida humana tem ficado de lado e os interesses lucrativos em primeiro lugar..
ResponderExcluirFenomenal texto, meu caro publicista Gilmar Pereira dos Santos, tragédia individual praticamente anunciada, essa da Juliana Marins, infelizmente, ao lado dessa situação extrema por ela vivenciada, tão bem descrito em sua crônica a aventura e sacrifício por abandono deliberado, há hoje as guerras sem tréguas sacrificando coletivamente milhares de vidas humanas, de crianças, idosos e até enfermos, nas guerras insanas envolvendo países como Israel, Rússia, Irã e africanos também, em morticínio inaceitável, revoltante, indignante e avassalador, só os clamores de vozes que não ecoam e gritos ainda sequer ouvidos.
ResponderExcluirFoi um descaso muito grande que fizeram com essa moça.parabéns tio por postar a sua indignação sobre o caso da juliana marins.
ResponderExcluirBom dia Dr. Gilmar, realmente muito inquietante a mídia explorar tanto um feito e só acontecer o resgate após tantos dias e com ela morta. Muita imagem, muita polêmica e pouca ação. Esse é o mundo em que vivemos. Forte abraço, Juliana De Filipppo
ResponderExcluirSim foi uma tragédia mas teve um quê deve ser mostrado o guia que deixá ela minutos só para ir fumar. Pelo virlquer vir nas investigações. .o mundo está passando por Perillo triste milhares criança mortas fome. Guará.
ResponderExcluirCaro Gilmar, é pertinente seu comentário! Pena que a humanidade, supostamente preparada continua surda!!!
ResponderExcluirCaríssimo Gilmar, seu posicionamento é muito justo. A Humanidade, perdeu, tb, nesse caso, a oportunidade de ser humana. Foi representada por uma pessoa que fez o que pode, solitariamente. Que Juliana, onde estiver, seja abençoada por Deus, assim como o montanhista Agam Rinjani que esteve com ela, mas nao pode, sozinho, resgatá-la.
ResponderExcluirEssa falta de socorro infelizmente é comum em lugares montanhosos. Eles acreditam que voltar e socorrer alguém correm o risco de perder outra vida. Mas aqui no Brasil temos uma equipe de socorristas bem preparados e empenhados. Mas de qualquer forma concordo co. você, Gilmar, o mundo precisa ouvir os gritos de alerta da vida.
ResponderExcluirTexto extremamente impecável, em uma narrativa escorreita. parabéns Dr. Gilmar …
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