VÁ TOMAR BANHO!

 

De onde se originaram expressões tão conhecidas, como a do título? Nada como saber de onde vieram para concluir que razões ainda existem para que elas continuem — a dar com o pau.

 VÁ TOMAR BANHO!

 Acontecia que os índios, sem suportar o fedor que exalava dos portugueses e suas vestes, os mandavam tomar banho, toda vez que chegavam perto da água.

Parece que isso pouco adiantou. Embora tenham ensinado os brancos a tomarem banho, estes ainda não aprenderam que não se deve emporcalhar os rios e as praias com porcarias que eles inventaram; plásticos e bugigangas.

 A DAR COM O PAU

 Muitos escravos africanos quando vinham de navio para cá, preferiam morrer de fome, recusando-se a comer. A sopa, com angu, era enfiada então pelas suas goelas com uma colher de pau.

 DAR COM OS BURROS N`ÁGUA

 Na época da colonização os burros — que eram usados pelos tropeiros para carregar alimentos — perdiam-se nas enchentes e terrenos alagadiços.

Hoje a qualquer chuva as cidades ficam intransitáveis: falta planejamento e boa vontade aos seus administradores.

Donde se conclui que se na época da colonização os burros davam n`água hoje a água é que dá nos burros — que somos todos nós, votando em tanta gente incompetente.

 PENSANDO NA MORTE DA BEZERRA

 A expressão tem origem nas tradições hebraicas, quando os bezerros eram sacrificados pela religião. Um filho do rei Absalão tinha tanto apego a uma bezerra, que acabou morrendo também. O que gerou o dito popular.

As revistas eróticas de hoje afirmam que os maridos que tem a sorte de encontrarem parceiras que saibam executar o pompoar (popular bezerra) quando as perdem ficam inconsoláveis e choram também —por muito tempo — a morte da bezerra.

 QUEM NÃO TEM CÃO CAÇA COM GATO

 Trata-se de uma adulteração da expressão original que dizia que quem não tem cão caça como gato. Ou seja, sorrateiramente, matreiramente.

O certo seria que na modernidade atual usássemos duas versões:

Para rico: Quem não tem cão, caça como gato.

Para pobre: Quem não tem cão, caça com gato. Ou até, com rato.

 


José Ewerton Neto é poeta, escritor, membro

da Academia Maranhense de Letras

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